- Logo, ora logo… Tenho folga, hoje há noite tenho folga e amanhã também. Tens o meu número Pedro, liga-me. – Diz levantando os pratos da mesa com alguma pressa.
- Aparece no meu bar mais logo, o Bar DaVinci.
- Cool, trabalhas com a Emily? Então passo mesmo por lá, contem comigo. Ora, primeiro visito o Pedro e janto por lá depois vou até ao teu bar curtir o resto da noite. A falar em saída, vou convidar o Tiago e o Miguel para virem, e talvez a Catarina se estiver por cá.
- Ao tempo que não os vejo. Estão cá esses matulões? E a Catarina, não estava em Nova Iorque?
- Pois, os matulões foram visitar a maninha na semana passada e chegaram ontem. Como disseram que traziam uma surpresa, suspeito que seja a Catarina. Desculpem-me, mas tenho mesmo que ir.
- Vai lá, então. Vê lá se te portas bem e apareces por lá mais logo. – diz Mariana cumprimentando Manel com dois beijos na face.
- Mariana, digo desde já que, foi um imenso prazer conhecer uma pessoa tão fantástica como tu.
- Oh, obrigada Manel. O prazer foi todo meu. – diz ruborizada.
- E tu Pedro, vê lá se cuidas bem desta princesa. – Diz Manel cumprimentando Pedro com um abraço. – Olha que ela é uma miúda bem bonita, interessante e, sobretudo, é muito boa pessoa. - Segreda-lhe agora ao ouvido.
- Claro Manel, claro que a vou tratar bem. É tudo que mais quero neste momento. – Diz Pedro, enquanto olha carinhosamente para Mariana.
- Bem, meninos portem-se bem. Até logo e o vosso almoço está pago.
- Manel? Achas? Pega lá o dinheiro. – insiste Pedro.
- Nada disso, logo pagas-me tu! – esclarece Manel
- Pronto então, até logo Manel. É mesmo teimoso este rapaz.
Encaminhavam-se agora para o local de estacionamento da mota do Pedro. E iam conversando.
- Bem, hoje estou por tua conta, como já disse. Quando disseste que tínhamos que fazer, há pouco, deixaste-me curiosa. O que tem em mente, senhor Pedro?
- Então, deixa-me surpreender-te. Não foi o que me pediste? – Admite Pedro com ironia. - Acho que vais gostar, já que és uma apreciadora de natureza.
- Ui, o que vem daí. Não te esqueças que às 19 horas tenho de estar no bar.
- Não tenhas medo. Penso que chegaremos a tempo ao bar. Não chegarás atrasada, prometo.
Por ruas e ruelas, Pedro partiu em viagem em rumo ao desconhecido por parte de Mariana. Mariana apresentava suas mãos agarradas em volta do tronco de Pedro e conjecturava que não o mais queria largar.
Realmente Mariana, achava que Pedro, em todo o seu ser era fantástico e gostava de tudo o que ele era, o que fazia e, sobretudo como a fazia sentir quando estava junto dele. Com tudo o que já tinham partilhado até ali, parecia que se conheciam há diversos anos. Agora, já não tinha qualquer medo em começar, o que quer que fosse com Pedro. Sentia, que realmente, aquilo era muito mais que uma amizade super colorida, era algo mais sério, era um sentimento mútuo e de recompensa recíproca. Era amor que se via a brotar de seus corações quando estavam próximos, era visível a cumplicidade construída em tão pouco tempo, compreendiam-se igualmente, pois as suas histórias de vida, em muito parecidas, os aproximavam, capazes de serem um só, com uma força incompreensível quando juntos.
Já haviam chegado ao sítio que Pedro queria dar a conhecer a Mariana. Era a maravilhosa Serra de Sintra. Pedro estacionou a sua mota, tirou o capacete e perguntou a Mariana:
- Já alguma vez tinhas vindo aqui?
- Não, mas realmente isto é magnífico. Todo este ar puro, esta tranquilidade... – responde Mariana enquanto se retirava da mota, mas de repente tropeça e só escapa de um grande tralho no chão, pois Pedro agarrou-a antes de ela sequer chegar tocar no chão.
Agora, as suas bocas ficaram a centímetros de se cruzarem pela primeira vez num beijo. Ali seria a concretização de tudo o que se tinha gerado até ali, do amor que realmente se sentia por parte de ambos. Realmente, era estranha o que se tinha criado entre aqueles dois seres, era incógnito como duas almas seriam tão merecedoras de estarem perto um do outro, de ficarem juntos, ao terem histórias tão parecidas se iriam aproximar daquela maneira e se encantassem desde do princípio.
Os lábios aproximavam-se progressivamente, enquanto seus olhos trocavam a intensidade daquela bela paixão...até que
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