domingo, 24 de julho de 2011

32º Capítulo - Encomenda inesperada

- Boa tarde.
- Bom tarde. Mariana Pereira?
- Sim, sou eu.
- Encomenda para si. Assine aqui.
- Ora bem, aqui está. Ok, obrigada.
- Obrigada. Continuação de boa tarde.
Mariana fechava agora a porta calmamente e aterrorizada, da mesma forma percorria o trajecto até à sala.
- Princesa, quem era? – perguntava Pedro quando via Mariana a entrar naquele estado. – o que se passa?
- É ele outra vez. Não quero acreditar.
- O que se passa?
Mariana pousava agora a caixa em cima da mesa da sala e sentava-se desmoralizada sempre a olhar para a caixa.
- Vais abrir?
- Sim, já é normal isto acontecer. Já não é novidade. É do Diogo de certeza.
Mariana pegava na caixa e começava a desembrulhá-la. Abria-a com cuidado. Pedro olhava fixamente para o interior da caixa. Era uma t-shirt azul, uma fotografia e uma carta. Mariana via a t-shirt com calma e pô-la de imediato de lado. Viu de seguida a foto e por último leu a carta.
“ Lembras-te da t-shirt? Foste tu que ma ofereceste no dia dos meus anos, lembras-te? Foi há dois anos, claro que te lembras. Sempre tiveste boa memória.
Lembras-te da foto? Claro que lembras, foi nesse mesmo dia e fomos de viagem para a Madeira.
Eras feliz comigo.
Amo-te Mariana.
Diogo Sousa
P.S.: Ainda espero uma visita tua! ”

Mariana ficava agora petrificada. Começou a chorar logo de seguida.
- Porquê? Porquê? Nunca mais acaba este pesadelo… - amarrou-se de seguida perante o peito de Pedro.
- Mariana? Minha princesa, não chores mais. Minha linda, quero-te com esse sorriso lindo e encantador. Não chores mais, um dia isso acaba. Mas nunca te esqueças que vou estar sempre do teu lado. – dizia fazendo carícias no cabelo de Mariana.
- Pedro, meu querido. Obrigada por estares comigo. – beijaram-se profundamente.
- Mariana, não agradeças. Quero-te bem!
- Adoro-te palhacinho. – disse Mariana aninhando-se no colo de Pedro. Acabaram por adormecer abraçados um ao outro ali no sofá. Já eram 16h e os amigos na praia começavam a ficar preocupados com o casalinho. Maria depressa entende que lhes devia telefonar para ver se tinha acontecido alguma coisa grave. O telefone de Mariana toca e ela ensonada não atende. Pedro começa a tentar acordá-la.

- Princesa, olha o teu telemóvel.
- Ahm? – dizia barafustando enrolando-se de novo no tronco de Pedro.
- Princesa, vá lá. – diz pegando no telemóvel de Mariana que estava pousado em cima da pequena mesa ao lado do sofá. – É a Maria. Queres que atenda?
- hummmmm? Sim, sim.
- Está bem dorminhoca. – diz dando uma gargalhada. – Estou sim? Não, é o Pedro. Olá Maria. Sim, nós estamos bem. Não, não se preocupem. Nós adormecemos no sofá. Oh Maria, não interrompeste nada. – dizia sorrindo e olhando para Mariana. – Claro que vamos, ó Maria. Que filmes que andas a fazer, não se passou nada. Calma, só vou tentar acordar a Mariana e já aparecemos aí. Sim, sim. Até já. – dizia desligando a chamada. – Vá, princesa vamos andando para a praia? Os teus amigos já andam a fazer filmes.

- Já é habitual. – diz resmungando – Oh pá, estava a gostar tanto de estar aqui aninhada no teu colo. – Pedro interrompe-a com um beijo carinhoso nos lábios.
- Por mim, ficava aqui todo o tempo. Tu e eu, para sempre minha princesa. Oh, adoro-te, sim?
- Sim, sim, sim, sim! – beijava-o a cada sim que proferia. – Vá, vou-me vestir e tirar a nódoa de gelado da tua t-shirt.
- Queres ajuda? – dizia com ar malandro.
- Hummmm, só se quiseres… - dizia piscando-lhe o olho. – Lavar a t-shirt! – Diz dando uma gargalhada. – Fica por aqui querido, eu já volto.
15 minutos e Mariana estava pronta.
- Vamos querido? – dizia Mariana apresentando-se com uns calções de ganga curtos e justos, uma t-shirt descontraída e umas havainas com salto.
- Vamos, vamos querida. Estás, woow. Estás linda.
- Hey, que exagero. Estou normal. Então, protector, máquina fotográfica, toalhas, ahm, e guitarra.
- Guitarra?
- Um grande amor, a música!
- Não sabia. Não me queres mostrar esses dotes?
- Oh oh, não é nada de especial, olha que canto muito mal. Mas pronto, eu mostro, mas depois não te queixes. – Mariana pega na guitarra, começa com uns pequenos acordes para afinar a guitarra e depressa começa a tocar e de seguida a cantar.

“Chest to chest
Nose to nose
Palm to palm
We were always just that close
Wrist to wrist
Toe to toe
Lips that felt just like the inside of a rose

So how come when I reach out my fingers
It feels like more than distance between us

In this California king bed
We're ten thousand miles apart
I bet California wishing on these stars for your heart for me
My California king”…
Cantava-a sempre olhando nos olhos de Pedro e sorrindo-lhe docemente.
- Tu cantas mal? Pufff, optimamente! Que lindo princesa! – dizia encantado.
- oh oh, claro que sim! – dizia com cara despreocupada. – Mas vá, vamos andando para a praia e lá canto mais. Sim? – diz beijando-o. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

31º Capítulo - O almoço

Olá muito boa tarde! 
Deixo-vos mais um capítulo e peço desculpa por já não postar há algum tempo.
Queria pedir um favor a quem tem facebook, para ajudar uma amiga minha a seguir um sonho:
*https://www.facebook.com/pages/Ana-Dias-Photography/131957263518204, primeiro ponham gosto nesta página e seguidamente gosto na foto dela
*https://www.facebook.com/photo.php?fbid=204346619612601&set=a.204297856284144.44513.131957263518204&type=1&theater

Obrigada!
Ana Rodrigues*
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- Buenos días amiguitos! – exprimia Mariana com alegria.

- Bom dia! – exprimia Pedro enquanto ia cumprimentando todos os presentes na cozinha.
- Bom dia Mary e Pedro! – respondiam todos os amigos em coro.
- Ei Pedro que te aconteceu? – perguntava Henrique com espanto quando o cumprimentou e olhou para a sua cara cheia de feridas.
- Olha, são coisas desta vida! Foram umas confusões ontem à noite depois de vocês já terem saído.
- Estás todo lixado rapaz! – Exprimia Filipa enquanto ia servindo as pessoas presentes na mesa.
 A mesa estava completa. Cada um se sentou no seu lugar habitual. Mariana sentava-se sempre numa das pontas da mesa, João do seu lado esquerdo e Inês do seu lado direito, mas como esta não estava presente, Pedro sentou-se no lugar dela. João e Pedro num frente a frente. Parecia um filme de cowboys, os olhares cortantes e fulminantes a disputarem o pequeno coração ali no meio, o de Mariana. João nem uma única palavra exprimiu durante o almoço a não ser a pergunta habitual de quem faz o almoço: “Gostaram?”. Mariana e Pedro continuaram com a sua cumplicidade aparente durante todo o almoço: “Querida!”, “Oh, fofinho!”. João não aguentava com tudo isto a acontecer ali mesmo à sua frente, nem acabou de comer tudo o que tinha no prato.
- Bem, vou-me embora. – expressava João enquanto saia da mesa e levantava a sua louça. – Até logo. Vou à minha primeira aula de vela.
Mariana olhava agora para a atitude de João e olhava para ele a afastar-se da mesa e pensava: “Que atitude é esta? Ele vai ter mesmo de ultrapassar isto. Se calhar não devia ter feito nada que o magoasse.”
- Xau João. – disseram todos em coro.
- Xau.
As conversas desenrolaram-se todas em volta da universidade e da ida de Ana ao Norte.
- E então meninos? O que vão fazer à tarde? – perguntava Mariana.
- Olha em princípio vamos à praia. Há que aproveitar estes últimos dias.
- Fazem muito bem!
- E vocês querem vir connosco?
- Não me parece, o Pedro de manhã disse que te vinha raptar Mariana. – dizia Maria troçando.
- Por acaso disse, mas por acaso estava a pensar em irmos até à praia.
- Então venham connosco!
- Boa, boa. Nós vamos lá ter convosco. Vão-se arranjar que hoje é o meu dia de lavar a louça, vão andando para lá que eu e o Pedro depois vamos lá ter. É na habitual?
- Of corse! – dizia Maria.
- Então até já queridos. – dizia Joane levantando-se da mesa e despedindo-se dos amigos, sendo que os restantes amigos faziam o mesmo.
- Até já, até já queridos! – dizia Mariana começando a lavar a louça.
- Até já Mary e Pedro!
Os amigos já saiam de casa e Maria e Matilde tinham ido arranjar-se, enquanto isso Pedro ia ajudando Mariana a lavar a loiça e a arrumá-la. Entretanto todos os amigos já tinham saído para a tarde na praia e agora, Pedro e Mariana já se encontravam na sala a ver televisão e a comer gelado de morango que, carinhosamente, Maria tinha feito.
- Ei, não posso acreditar Pedro. Olha que grande nódoa de gelado com que tu ficaste aqui. – dizia Mariana limpando com um guardanapo de papel. – Labajão! – dizia dando uma gargalhada.
- É labajão, é? – pergunta Pedro provocando Mariana e começando aos beijos no pescoço.


- Tira mas é a camisola. Vou passá-la por água.
- É é, vais lavá-la. Queres é ver os meus abdominais.
- Também, também. – disse Mariana saltando para o colo de Pedro e começando a despir-lhe a camisola e dando-lhe beijos no peito, de seguida no pescoço e terminava na boca de Pedro.


De repente a campainha toca.
- Eh pah, que inconveniente. – admitia Pedro desmoralizado e encostando a cabeça ao sofá.

Mariana pousava a camisola no canto do sofá e seguia em direcção à porta. Viu que era um estafeta.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Olá queridas leitoras! Gostaria de saber a vossa opinião sobre esta história. Tenho recebido algumas visitas mas poucos ou nenhuns comentários. 
Beijo enooooooooooooorme 
                                         Ana Rodrigues*
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- Oh, são tão fofinhos. Ficam mesmo bem os dois. – comentava Maria.
- Acho que a Mariana não pode ter duvidas relativamente ao que pode vir a ter com ele, ele realmente gosta muito dela. – Afirmava Matilde.
- Quantos somos? - Perguntava João.
- Os habituais. – revelava Maria.
- Mas a Inês não está cá.
- Mas há uma visita. – dizia Matilde
- Quem?
- O Pedro! – diziam em coro.
- Onde estão eles?
- Estão no quarto. Mas nem penses que vais já fazer dos teus filmes João. Eles estão bem. – Dizia Matilde.
- Não estava a pensar em fazer nada. A Mariana lá sabe da sua vida, se está disposta a sofrer outra vez, isso é com ela.
- Acho bem. E ela não vai sofrer outra vez, acredita. – exprimia Matilde.
Continuaram a preparação do almoço, João fazia massa à bolonhesa, Maria punha a mesa e Matilde foi chamar o restante pessoal ao outro apartamento. Agora que já estava quase tudo preparado, o pessoal já quase todo pronto para almoçar só restavam os pombinhos.
- Matilde vai lá chamá-los para virem comer. – pedia João.
- Maria, vem comigo. – pedia Matilde com cara de socorro.
- Vamos lá. – dizia Maria.
Já chegadas à porta do quarto agora debatiam o dilema e Mariana e Pedro ouviam-nas com atenção.
- Maria, batemos ou não batemos à porta? – perguntava Matilde.
- Oh pah, será seguro? – exprimia Maria com medo.
- Não faço ideia, mas eles têm que vir almoçar.
- Batemos?
Enquanto elas debatiam tal questão, Mariana quis pregar uma partida às suas amigas.
            - Pedro, segue esta brincadeira. Vamos assustá-las, sim? – Pedro acenou com a cabeça e seguiu a brincadeira. – Oh Pedro, pára com isso! – dizia Mariana num tom provocador.
- Hum, anda cá… - dizia Pedro acompanhando Mariana, e atira-se para cima da cama fazendo com que esta reproduzisse um som estranho. – Ana piscava-lhe o olho enquanto se ia levantando da cama e seguia em direcção à porta do quarto, ria-se baixinho, agora era capaz de ouvir com mais precisão o que Maria e Matilde segredavam.
- Que ruídos estranhos são estes? – perguntava Matilde
- Eish, agora é que não interrompo. – dizia Maria assustada.
De repente Mariana abre a porta do quarto e:
- BUH!
- Mary, que susto! – Exprimiam em coro Maria e Matilde, enquanto Mariana e Pedro se riam como perdidos.
- ah ah ah ah ah ah, que se passa meninas? Ah ah ah ah ah – perguntava Mariana sem parar de rir.
- Nada, nada. – diziam embaraçadas.
- Então? Ah ah ah ah ah.
- O João já fez o almoço, estamos a contar convosco. Até já. – viraram costas e correram até à sala.
Mariana continuava-se a rir enquanto se encaminhava de novo para a cama onde estava Pedro ainda deitado a rir-se com as figurinhas de Maria e Matilde.
- Que doidas! – exprimia Mariana deitando-se em cima de Pedro. Agora fazia pequenas carícias no seu rosto e circundava os seus lábios. – És tão lindo meu príncipe. Vamos almoçar?
- Vamos, vamos donzela!
Agora levantavam-se os dois da cama e encaminhavam-se para a cozinha entre brincadeiras, beijinhos e abraços. 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

30º Capítulo - Bom dia

11 horas da manhã, Matilde e Maria já estavam acordadas, encontravam-se sentadas no sofá a comer cereais integrais com leite, tal como João que já se tinha preparado e saído para ir às compras, era ele a fazer o almoço lá em casa. Os restantes amigos ainda estavam a dormir, a noite tinha sido longa. A campainha toca.
- Eish, Maria vai lá tu. – pedia Matilde.
- Eish, tem mesmo de ser? – perguntava Maria. Matilde acenava com a cabeça afirmando que sim. – pronto, pronto. Eu vou lá ó simpática!
- Pedro? Que estás aqui a fazer? – pergunta Maria com espanto.
- Bom dia Maria. – diz cumprimentando-a com dois beijos.
- Bom dia, entra. Que estás aqui a fazer?
- Olha, como sabia que a Mariana ainda devia estar a dormir decidi vir raptá-la.
- Bom dia Matilde. – diz ao aproximar-se do sofá onde ela se encontrava e cumprimenta-a com dois beijos também.
- Bom dia!
- Olha, ela ainda está a dormir. Vai lá acordá-la, ela vai adorar. – afirmava Maria.
- Pedrinho, 2ª porta à esquerda é o nosso quarto. – indicava Matilde.
- Posso?
- Claro que sim! – respondiam em coro.
- Então até já! – diz Pedro encaminhando-se para o quarto de Mariana.
- Oh, que querido! – segredavam as duas.
Pedro entrava agora no quarto, Mariana encontrava-se na sua cama a dormir calmamente. Pedro ajoelhava-se perto da cama e acariciava a face de Mariana. Dava-lhe pequenos e suaves beijos por todo o rosto. Mariana ia acordando lentamente e respirando profundamente. Pedro continuava com pequenos beijos no pescoço de Mariana.

- Ai, queres ver que morri e acordei no céu?? – dizia Mariana calmamente e deliciando-se com tais beijos.

- Bom dia Bela Adormecida. – diz Pedro dando um beijo suave na boca.
- Bom dia meu querido. – diz agarrando-se ao pescoço de Pedro e dando-lhe beijos suaves nos lábios. – então tudo bem? Como estás?
- Está tudo bem, agora que estou contigo.
- Meu bem. – dá-lhe outro beijo na boca. – Deita-te aqui comigo.
- Estava a ver que não convidavas. – diz saltando de imediato para o lado de Mariana.

- Ai, que lindo palhacinho. – diz dando-lhe um abraço e de novo um beijo.
- Linda és tu minha princesa.
- Fofinho! – dando um beijo à esquimó. – O que vieste cá fazer?
- Vim ter contigo princesinha – dando um beijo no lábios de Mariana - Como o prometido.
- Oh que bom , que bom! - Abraçam-se.
- As minhas piolhas já acordaram?
- Sim, foi a Maria que me abriu a porta e a Matilde que me deu a indicação do quarto.
- Ah! Que atrevidas! E se eu não te quisesse ver?
- Pois, elas é que disseram que ias gostar. Mas pronto, eu vou-me embora. – diz levantando-se da cama.
- Nãoooooooooooo, só se me levares contigo! Fica aqui meu bem, deitadinho comigo. – diz abraçando-o e dando-lhe muitos beijinhos.

- Ahm, assim gosto mais. – são interrompidos pelo toque de mensagem do telemóvel de Pedro. – Olha é a minha irmã mais nova, a Teresa, diz que chega amanhã. Queres vir comigo amanhã buscá-la ao aeroporto?
- Se puder vou, meu bem.
- Ela vai adorar conhecer-te.
- E eu vou adorar conhecê-la!
- Aposto que sim! E então que te apetece fazer durante o dia de hoje?
- Olha, sabes o que me apetece? Ficar aqui, agarradinha a ti, a conversar sem fazer nada, apenas a contemplarmos este momento.
- Olha parece-me muito bem. – abraça-se a Pedro.

E ali ficaram a conversar, Mariana com a cabeça encostada ao peito de Pedro a ouvirem músicas do mp3 de Mariana, enquanto isso João já chegara a casa e começara a fazer o almoço, Maria e Matilde começavam a ajudá-lo mas iam comentando o que se passava no seu quarto.

terça-feira, 12 de julho de 2011

29º Capítulo - A chamada

- Bem sim, não sei, bem… é verdade que me sinto muito bem com ele e sei que ele se sente bem comigo. Mas… nem há um dia o conheço. As coisas estão a andar muito rápido e tenho medo que isto não dê certo.
- Mariana? Isso não é de ti! Confusa? Cádê a tua determinação? Não tenhas medo. Não há como tentares para saberes o que pode acontecer. – refilava Maria.
- Oh Maria. Tenho um medo imenso do que possa acontecer. É o medo com tudo o que o Diogo é capaz de fazer. Eu bem sei do que ele é capaz, não quero prejudicar mais ninguém, principalmente o Pedro. – admitia Mariana.
- E porque é que não o queres prejudicar? – perguntava Matilde. – Porque gostas dele tonhó!
- Sim, pode ser que sim. Mas quero abrandar o ritmo com o Pedro. Quero conhecer e ver no que eventualmente possa dar.
- Tens razão, mas olha que pelo que vi hoje, ele gosta realmente de ti. – esclarecia Matilde.
- Eu também, mas vamos deixar as coisas rolar, calmamente.
Para Mariana as amigas eram tudo, ela não conseguia nem gostava de lhes mentir, por isso contou-lhes tudo o que tinha acontecido durante aquele dia mais pormenorizadamente. Realmente Mariana estava muito apaixonada e feliz por estar com Pedro, mas estava confusa e receosa com o que pudesse acontecer. Enquanto conversavam Mariana pôs o telemóvel a carregar e quando já estava disponível para ligar, depressa o ligou e viu todas as mensagens e apressa-se a responder. Tinha muitas mensagens e mensagens de chamadas não atendidas.
Leu a de Inês: “Maninha, fartei-me de te ligar. Fiquei em Aveiro, depois passem por cá e vamos todos juntos para cima. ;) Depois liga-me, ok? Beijinho adoro-te P.S. Amor, não quero que fiques triste por causa do Diogo. Esquece, ele não vale a pena.” “Olá amoooor, minha maninha! ^^ Sim, já tinha pensado em ficar aí, afinal já não era a primeira vez. xD Depois ligo-te. Beijo adoro-te (: Sabes, queria não ligar mas é-me impossível! :s” Depressa Inês respondeu: “Oh amor, não te quero triste. Amanhã liga-me e eu digo-te o que se passou no julgamento, mas não quero que te preocupes. Beijinho mana. Adoro-te!”
Leu as de João: “Desculpa Mariana. Preciso muito de falar contigo. Beijo enorme gosto muito de ti!” “Mariana, atende as chamadas. Perdoa-me pelo que te disse.” “Mary? Fala comigo…”
Por último leu as de Pedro: “Princesa? Obrigada por me fazeres sentir tão bem e especial quando estou contigo. :$ Olha, sabes uma coisa? Adoro-te :$” “Olá príncipe! Eu vou ter que te dizer uma coisa importante, também te adoro! :$ Fico à tua espera amanhã! Beijo enoooooooooorme (:”
E acaba por mandar uma mensagem para Kate, amiga que vivia no Porto:
“Peneireira, dás-me albergue a mim, ao João e à Inês Sexta?” Depressa respondeu: “Não! Não te quero ao pé de mim… :p quero-te bem ao pé de mim ranhosa! xD Quando chegas? Tenho saudades tuas! L” “Minha parolinha, Quinta estou em Aveiro e parto para o Porto nessa noite, que tal sairmos até à Ribeira nessa noite? ;D Já tenho saudades tuas e das nossas tosgas, quando tudo corria bem…”  “ Oh meu amor, tenho muiiiiitas saudades tuas, bora para a Super Bock? Ela espera por ti!xb E tudo vai correr bem amor, não tenhas mais medo Mariana. És uma mulher do Norte CARAGO!” “Há muita coisa para saberes… mas logo te conto quando chegar minha Kate. ;D Mulher do Norte CARAGO, pronta para a guerra com a super-bock! xD” “Cá te espero, e o Louis também ( que morre de saudades tuas! xD) Vai dando notícias! Beijo ranhosa” “Hasta Malandreca! Beijo”
As meninas já dormiam, afinal já eram 6 horas da manhã. Quando finalmente se deita na cama, recebe uma chamada de Pedro e depressa atende.

- Pedro? – Pergunta surpreendida.
- Princesa? Oh, ainda bem que atendeste. Pensava que já estavas a dormir.
- Não, deitei-me agorinha mesmo.
- Estás com soninho Bela Adormecida?
- Um bocadinho. Hoje foi um dia muito longo e cansativo, querido.
- Apetecia-me ouvir a tua voz.
- Oh que fofinho.
- Deitei-me mal cheguei a casa, mas não conseguia parar de pensar em ti princesa e não adormecia.
- Também estás sempre no meu pensamento, palhacinho.
- Tinha de falar contigo princesa se não, não adormecia.
- Oh, que exagero. Contavas carneirinhos.
- Andas com umas piadas.
- Eu sei, eu sei. Mas porque não adormecias se não falasses comigo?
- Olha princesinha, eu sei que ficaste tristinha com o que disse na Senhora do Monte, mas interpretaste mal o que te disse. Eu adoro-te Mariana. E tudo o que passei contigo, por pouco que seja significou muito, acredita. És importante por aquilo que te tornaste em tão pouco tempo. O que disse deu a entender que é pouco aquilo que temos, mas não. É tudo o que sempre quis, um amor estável, compreensivo e forte. Quero-te ao pé de mim para seguirmos esta descoberta juntos, aos poucos e com calma, mas juntos!
Mariana permanecia calada, nem uma palavra proferia.
- Mariana? Princesa? Adormeceste? - dizia desmotivado.
- Não, apenas fiquei sem palavras Pedro. Tu és um amor de pessoa, és tão especial. Tudo o que disseste agora fez-me desacreditar nos medos que me passavam pela cabeça. Acredita que também és tudo que sempre esperei, andei enganada durante muito tempo, mas agora encontrei realmente o meu príncipe. Vamos então seguir este caminho delicioso, juntos!
- Tu és a flor mais linda do jardim que plantei. És a flor que brotou o mais belo dos amores, desde o primeiro momento que me deixaste louco, louco por te ter comigo, louco por provar os teus lábios, louco por sentir a tua fragrância. Quando vi os teus olhos, senti tranquilidade. Quando ouvi tua voz, senti serenidade. Quando conheci a tua história, quando te conheci, logo soube que eras a minha alma gémea.
- Oh Pedro, pronto superaste tudo agora. Oh adoro-te rapaz, consegues fazer-me sentir sempre bem… - dizia envergonhada.
- E tu a mim princesinha linda.
- Adoro-te!
- Eu também!
- E então não vais dormir? Amanhã não trabalhas? - perguntava preocupada.
- Não, a minha folga é amanhã. E já viste, tu também vais ter! - dizia entusiasmado.
- Huuuum, pois vou. Mas aviso já que tenho a agenda ocupada. - diz mandando uma pequena gargalhada.
- Ai sim? E posso saber com o quem?
- Com o meu palhacinho lindo! TUUUUUUU!
- Oh, que fofinha a minha donzela. Passo aí quando acordar e depois logo vemos o que fazemos.
- Parece-me muito bem. Bem e que tal irmos dormir? Não?
- Também me parece muito bem.
- Mas olha…
- Diz querida.
- Adoro-te!
- Oh, eu também. Donzelinha até amanhã. Dorme bem, beijo enormeeeeeee!
- Palhacinho, até amanhã. Dorme bem, beijinho fofinho! Adoro-te!
- Adoro-te! 

domingo, 10 de julho de 2011

28º Capítulo - O final da noite 5ª parte

           - Mariana, vamos lá esclarecer as coisas. Não te quero perder miúda linda. Eu adoro-te verdadeiramente. Nunca me senti tão bem e tão concretizado ao lado de alguém, e isso só se deve de facto à tua pessoa. Quero-te comigo, vamos ver no que dá esta paixão reveladora deste sentimento repentino. Vamos deixar-nos levar pelo tempo e ver no que dá. Com calma, mas sempre juntos. Percebes princesa?

- Sim, percebi. - diz com olhar distante, olhando o luar.

- Oh vá lá anima-te. Não te quero triste, sabes que te adoro! Então vou-te prometer uma coisa. Qualquer dia vamos os dois até lá. Passamos por Aveiro, Porto, Braga, Vila Real, visitamos a tua terra e a terra da minha mãe. Que te parece princesa?
- Parece-me muito, muito bem! - diz dando um sorriso envergonhado e Pedro acaba por lhe dar um beijo nos lábios de Mariana.
E ali ficaram a conversar durante horas, quando deram por si já eram 5 horas da manhã e decidiram ir para casa. Pedro levou Mariana a casa e despediu-se dela.
- Então até amanhã querida! – despede-se com um beijo longo e apaixonado.
- Até amanhã príncipe! – diz Mariana fazendo-lhe uma carícia na cara.
Mariana sobe até ao apartamento e já na porta do prédio ouve Pedro:
        - Mariana? - e ela olha para trás - Adoro-te princesa!
        - Eu também! - diz mandando-lhe um beijinho.
Pensava agora em tudo o que tinha acontecido naquele dia enquanto subia até ao segundo andar, abre a porta sorrateiramente para não fazer barulho, pois àquela hora de certeza que já deviam estar todos a dormir, pousou a mala na mesa da entrada e tirou o casaco, foi à cozinha buscar um iogurte e quando chega à sala estava João a ver um filme.
- Ainda acordado? – diz Mariana sentando-se ao lado de João no sofá.
- Estive à tua espera. – diz aproximando-se de Mariana. – Fartei-me de te telefonar e mandar mensagens, mas foi em vão.
- Não era preciso. Afinal eu mudei como tu disseste e já não preciso de ti, já não preciso do teu abraço, do teu carinho, já não preciso do meu melhor amigo para nada! – diz Mariana olhando para a televisão e com cara triste.
- Oh Mariana, desculpa. Eu não devia ter dito nada daquilo, fui muito estúpido. Desculpa a minha atitude para contigo. Não merecias nada daquilo. Sim, eu percebo que agora não estejas tanto tempo comigo, primeiro tiveste os treinos para o badminton, depois tiveste o torneio e agora arranjaste emprego. Desculpa Mariana. – diz dando a mão a Mariana.
- Ainda bem que percebeste isso tudo. E é claro que estás desculpado João. E agora, dá-me aquele abraço que só tu sabes dar. – abraçaram-se e João deu um beijinho na testa de Mariana.

- Adoro-te ó piolha! – faz uma carícia no nariz de Mariana.
- Oh, eu não te adoro João. Eu amo-te melhor amigo! - diz Mariana dando-lhe um abraço forte - Olha, a tua mãe ligou-me e afinal vens comigo para o Norte, não vens? – dando uma beijo na testa de João e acaba por se enrolar no peito de João.
- Sim, claro. E quando estás a pensar ir? – diz fazendo carícias no cabelo de Mariana.
- Em princípio Quarta à noite, passamos por Aveiro e dormimos em casa do Guilherme. Depois a Inês vem connosco para cima.
- E passamos pelo Porto?
- Sim, sim. Vamos ver o Luís, a Kate e os meus colegas de curso do ano passado.
- Parece-me bem. E já tratas-te das cenas dos teus avós?
- Olha, encomendei no Porto as alianças, as flores vão ser prontas em Vila Real e ainda tenho que comprar a roupa para a festa. E tu?
- Também falta a roupinha janota para esse dia. Olha, amanhã falo com a minha mãe e vejo se também precisa de alguma coisa.
- Fazes bem João. Olha, hoje nem apareceste no bar nem nada. Onde andaste tu? – diz olhando para João e pousa o recipiente do iogurte na mesa.
- Olha, nada de jeito. Fui ao clube de vela e inscrevi-me, depois fui passear com o Rafael e com a Vera e acabei por ir jantar a casa da Vera. – diz retomando Mariana nos seus braços e pousando a cabeça dela no seu peito, abraçando-a carinhosamente.
- É, é essa Vera, hum ainda vai dar caso Joãozinho! – diz com ar de marota e pisca-lhe o olho.
- Não, não vai dar porque eu não gosto dela. – diz olhando para Mariana.
- Olha, nunca se sabe. Achas que eu sabia que ia gostar desta maneira do Pedro? As coisas acontecem, o amor acontece João, meu querido. – esclarece Mariana fazendo uma carícia na bochecha de João.
- Acredita que não. – diz olhando para o chão.
- Porque não João? – pega de novo na face de João fazendo-o olhar para ela.
- Porque tu… tu sabes Mariana. – diz envergonhado e com os olhos brilhantes.
- Bem, bem. Acho que é melhor pararmos já por aqui querido. Bem, eu vou dormir. – afasta-se do abraço de João e põe-se a caminho da cozinha.
- Sim, se calhar é melhor. – desmotiva João.
- Bem, até amanhã João. – despede-se Mariana dando um abraço a João e de seguida um beijinho.
- Até amanhã Mariana. – diz acompanhando Mariana com o olhar e depressa lhe cai uma pequena lágrima pelo rosto.
Mariana segue até à cozinha, deita no lixo o recipiente do iogurte que tinha bebido e encaminha-se agora para o seu quarto. Tenta fazer o mínimo de barulho para não acordar as suas amigas, Maria e Matilde, mas quando chega a luz do candeeiro ainda estava aceso e as suas amigas ainda estavam acordadas.
- Meninas? Ainda acordadas? Os patinhos há muito que já deram. – diz gracejando e deitando-se ao pé delas que se encontravam na mesma cama.

- Mariana! Já chegaste? O Pedro portou-se bem? – perguntou Maria.
- Como vêem sim. Nem sabem o que aconteceu, o Rodrigo e a Sandra, a ex do Pedro, ainda apareceram lá, e o Rodrigo e o Pedro acabaram por andar à porrada.
- Eish, a sério? Que confusão! – Expressa Matilde
- Bem, mas ficou tudo bem.
Mariana quando chegou ao quarto ia feliz, o que não passou indiferente as amigas que prontamente a questionaram sobre a razão da sua felicidade.
 - Vah, mas não fujas à conversa e conta mas é o que aconteceu hoje durante o dia com o Pedro, afinal vocês já andam? – perguntava Matilde.