quarta-feira, 29 de junho de 2011

24º Capítulo - O final da noite

- Mas ele aleijou-te Mariana, falou mal da minha família, não podia deixá-lo.
- A violência não resulta em nada...
- Eu sei Mariana, eu sei minha princesa. – diz com algum arrependimento aparente na voz. - Mas ele já há muito que me provoca, aquela arrogância e aparente superioridade enerva-me. – diz Pedro enquanto os dois iam subindo as escadas para o escritório. - Não podia passar uma esponja e esquecer tudo o que ele tem dito até hoje. De manhã tratou-te mal e fez o mesmo agora. Ele é um estúpido com toda a gente, não me controlei e fui-lhe às trombas. – Admite Pedro enquanto abre a porta do escritório e logo se senta no sofá.
Mariana permanece em silêncio quando entra no escritório. Apressa-se na procura de elementos para a poder curar as feridas da luta. Depressa lhe põe uma toalha no nariz para parar com a hemorragia.
- Mariana? Desculpa se te desiludi de alguma forma, esse teu silêncio não é normal.
Mariana continuava sem responder e com um ar pensativo.
- Mariana?? O que se passa? – diz aproximando-se de Mariana. – Estou a falar contigo Mariana! – diz pegando-lhe na face.
- Ahm? O que estavas a dizer? Oh, desculpa Pedro, não estava com atenção ao que estavas a dizer. – diz acarinhado a face de Pedro.
- Mariana, agora já estamos sozinhos. Podes-me dizer o que se passa contigo. Estou preocupada desde que entrei no bar e te vi com uma carinha triste, não me mintas.
- Pedro, é complicado explicar isto. – de repente começa a lacrimejar. – Oh pah, que chatice. Já não chorava por causa disto há muito tempo.
- Mariana? Ai, agora vais ter de explicar, estou mesmo preocupado.
- Pedro, lembraste do que te contei sobre a minha relação com o meu ex-namorado. Aconteceram muitas coisas depois do que ele me fez. Ele perdeu totalmente a cabeça, só fazia porcaria da grossa e cometeu grandes erros que o levaram a um julgamento muito penoso, ele já deveria estar na prisão há muito tempo, mas bem sabes como anda esta justiça.
- Mas o que ele fez? Ele fez-te mais alguma coisa? – diz preocupado
- Não, hoje não. Depois de me ter agredido, o que não foi o mais grave, meteu-se num gang lá no Porto. Começou a assaltar pessoas, pequenos comércios na Ribeira do Porto e, por fim, mas não o pior, assaltou um banco.
- O que foi o pior? – pergunta espantado.
- Durante esse assalto, ele acabou por ferir uma mulher grávida que perdeu o filho e acabou por morrer. Depois disso, andou fugido durante uns tempos. Foi aí que tive novamente contacto com ele, infelizmente.
- Como assim, infelizmente?
- Bem, ele apareceu na vila e eu até estava no café, apareceu lá e quis-me levar dali à força toda, eu até estava com a prima dele, a Andreia, a minha menina. Mas como toda a gente lá no café sabia da situação, ninguém me deixou sair de lá. A Guarda acabou por aparecer e ele foi preso. Contudo, anda a ser julgado há mais de um ano e nada feito.
- Bem, a tua vida dava um filme princesa. – diz aproximando-se de Mariana.
- Oh, nem me digas nada. Sabes o que é pior? É que…
- É que o quê Mariana? Não me escondas nada. – diz com receio do que ela pudesse dizer.
- É que ele continua em liberdade e continua a gostar de mim, um amor possessivo. Já não aguento com tudo o que ela ainda me faz. Ainda no outro dia recebi uma carta dele a dizer “ ODEIO-TE DE TANTO TE AMAR!”
- E tu, Mariana? Continuas a gostar dele é? – Diz desmoralizado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

23º Capítulo- A noite 4ªParte

- Então fazemos assim, quando estiveres despachada vou-te levar a um lugar maravilhoso e depois falamos, sim Mariana?
- Sim, Pedro. - diz Mariana esboçando um pequeno sorriso quando olha para Pedro.
Os amigos despediam-se de Mariana, o bar já se encontrava quase vazio, restavam Manel, Tiago, Miguel e Catarina, que acabavam de beber a última garrafa de Vodka Preta das que tinham comprado naquela noite. Pedro continuava junto de Mariana, permanecia a sua preocupação com o que se passava com ela. Agora, Manel levantava-se da cadeira onde se estava e ia ao encontro de Emily, abraçou-se a ela e dá-lhe um beijo na testa. Foi neste preciso momento que entra Rodrigo acompanhado da sua irmã Sandra, uma mulher alta, loira de olhos castanhos. Apresentava-se com um vestido bem curto e provocador.
- Muito bem, grandes avanços Rui. Isto agora é um ninho para casais de namorados, acho que devemos começar a cobrar por isso. – diz Rodrigo dirigindo-se para o balcão e observando para Emily e Tiago com olhar cortante.
- Bem, Rodrigo é melhor parares por aí. – diz Rui com alguma agressividade. – Tivemos casa cheia e tu nem te dignaste a aparecer aqui para nos ajudar.
- Então que queres? Eu sou dono, não contrataste aquela empregadazinha, ela que trabalhe.
Mariana nem disse nada, estava demasiado perturbada com outros assuntos.
- Não lhe ligues Mariana. – diz Pedro ao ouvido de Mariana preocupado com o que ela poderia fazer.
- Nem digo nada. – disse Mariana acabando de lavar as mesas e sai por momentos para ir buscar o balde para começar a lavar o chão.
- E o Pedro também já trabalha aqui? – pergunta Sandra. – Grandes avanços Pedro, pelo menos já fazes alguma coisa da vida.
- Nem te vou responder Sandra.
- Oh querido, não respondas. – Diz Sandra aproximando-se de Pedro. – Porque o que tu queres sei eu… - toca na face de Pedro e aproxima-se dos seus lábios. – Eu bem sei que nunca me esqueces-te. Ainda não fez um mês que me ligaste, podre de bêbedo, depois do torneio de badminton, a suplicares para voltar para ti! É óbvio que ainda não te esqueceste de mim.
É quando Mariana chega e vê Pedro naquela situação.
- Larga-me Sandra! – declara Pedro afastando Sandra. - Não, estás enganada. Não quero mais nada contigo, já encontrei a pessoa certa. – Esclarece Pedro olhando para Mariana. Mariana esboça um pequeno sorriso e segue o seu caminho.
Ao canto estava Emily a falar com Rodrigo, já Manel estava a falar com Rui no escritório, Tiago, Miguel e Catarina encontravam-se fora do bar. Sandra já tinha ido para o carro de Rodrigo que se encontrava à porta do bar. Mariana lavava agora o chão e Pedro observava-a, na cabeça dele giravam pensamentos: “O que se passará com ela? Esta Sandra é mesmo parva, como pude eu sentir alguma coisa por ela? Será que a Mariana ainda ficou mais afectada com o que aconteceu?”. Os seus pensamentos foram interrompidos por um grito de Emily.
- Larga-me! Larga-me Rodrigo. – Suplicava Emily enquanto Rodrigo agarrava os seus cabelos compridos.
- Larga-a! – Pede Mariana dando-lhe um pequeno empurrão, mas Rodrigo acaba por dar um estalo com grande intensidade na cara de Emily e empurrar Mariana, que acaba por cair de imediato no chão. Pedro intervém dando um murro em Rodrigo. Mariana chama de imediato Rui e Manel que acabam por separar a guerrilha em que já estavam os dois, entre murros, arranhões e algum sangue, Rui, Manel e os gémeos lá os conseguiram separar.
- É a tua sorte parvalhão, és um cobarde pá! – diz Pedro esbracejando por entre os braços de Manel e Tiago.
- Cala-te filho-da-puta! -provocava Rodrigo.
- O que me chamaste? – depressa Pedro se desamarra e volta ao ataque. Dá-lhe um murro na boca e Rodrigo defende-se com outro no nariz de Pedro. De imediato começa a escorrer sangue de ambas as partes.
- Por favor parem! - suplicavam as raparigas abraçadas, a Emily que chorava com intensidade.
Quando os rapazes já os tinham conseguido separar de vez, Mariana abraça-se a Pedro com intensidade e depressa o encaminha para o escritório para lhe fazer os curativos necessários. Pedro estava com a face ensanguentada, alguns raspões na testa, com o lábio inferior a escorrer sangue e o nariz também.
- Anda amor, vamos sair daqui. Antes que te aleijes mais. – explica Mariana enquanto o desvia do local onde se encontrava Rodrigo.
- Isso vai palhaço! Há muita coisa que tu não sabes. Quer sobre a tua família quer outras coisas, acho que devias piar baixinho cabrão. – diz Rodrigo voltando à recarga com provocações.
- O que queres Ro… - Pedro de imediato pára para voltar ao encontro de Rodrigo, mas Mariana agarra-o com grande intensidade e faz um ar de suplicia, ele pára e continuam a subir as escadas.
- Deixa-o Pedro. Ele não merece a atenção de ninguém. – diz ainda agarrada a Pedro continuando a subir a escadas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

22ª Capítulo - A noite 3ª Parte

Encaminharam-se os cinco para a mesa onde se encontravam os amigos de Mariana e de seguida sucederam-se as apresentações.
- Ah ah, então este é que é o Pedrinho, Mariana… - Diz Maria em grande alvoroço com alguma graça e todos
- Parece que sim. – diz Pedro um pouco envergonhado coçando a cabeça três vezes.
- Oh, deixem lá o rapaz ele já está demasiado envergonhado. – defendia-o Matilde.
- Vê lá se tratas bem dela ehm? Que ela só merece tudo de bom! – Pedia Maria.
- Com isso concordamos todos. – dizia Matilde olhando para Mariana com um olhar doce.
- Oh, tenho os melhores amigos do mundo! – Dizia Mariana emocionada.
- Só do mundo? Assim já não gosto de ti! – dizia Maria provocando Mariana.
- Mundo e arredores! – Sublinhava Mariana. – Vah, meninos tenho de ir trabalhar, portem-se bem e tratem bem o palhacinho! – diz despedindo-se de Pedro dando-lhe um beijinho à esquimó.
- Xau minha donzelinha. – despede-se dando-lhe um beijinho de raspão nos lábios de Mariana. – Até já! – diz sentando-se na cadeira ali ao seu lado e deslarga a mão de Mariana enquanto esta se afasta para o balcão.
A noite seguiu-se de grandes momentos e boas conversas. O Manel acabou por actuar ao lado de Emily, uma actuação que iniciaram com um cover da música Beutiful Lie.

A noite estava divertida, já depois de alguns copos e brincadeiras estava na hora de ir para casa, já se fazia tarde e as meninas já estavam cansadas e os rapazes animados de mais. Grande parte dos clientes já tinham ido embora, restavam os resistentes daquela noite fantástica.
- Marianinha, nós vamos andando. – diz Maria já com algum cansaço aparente na voz. – E tu?
- Oh querida, tenho de ficar a arrumar.
- Assim fico preocupada, já é tão tarde e tu ainda vais sozinha para casa.
- Oh, não te preocupes. O Pedro deve-me levar a casa.
- Não acho que seja muito seguro, ele já está quente. A noite foi animada e ele ainda bebeu um bocado. – diz preocupada olhando para Pedro.
- Eu peço a alguém, se não vou de táxi. Não te preocupes Maria, minha querida. – diz começando a arrumar a mesa onde se encontravam os eu amigos.
- Mariana, obrigada por esta noite espectacular. – anuncia Henrique a Mariana, já num estado bem animado. – É pena que o João não tenha vindo, nem sabe o que perdeu.
- A Inês também acabou por não vir. Até estou preocupada com ela.
- Ela há bocado mandou-me uma mensagem a dizer que tinha ido ter com o Guilherme a Aveiro e que ia ficar por lá uns dias. Telefonou-te mas deve estar sem bateria o teu telemóvel, querida. – avisa Matilde.
- Precisava imenso de falar com ela acerca do que se passou.
- Oh Mariana, bem me parecia que estavas preocupada. - diz Matilde.
- Oh, Matilde nem me fales nisso. – Mariana começa a lacrimejar.
- Mariana?? Oh, não quero que chores. Então? Já não conseguimos ir para casa descansadas. – denuncia Maria.
- Têm de ir, fico bem. Não se preocupem comigo, fico com eles.
Os amigos iam-se despedindo uns dos outros, enquanto Mariana, Emily e Rui limpavam o bar. Tinha sido uma noite espectacular que tinha dado grande rendimento ao bar. Agora Pedro aproximava-se de Mariana.
- Princesa, o que tens? Vi-te a chorar há pouco ao pé da Matilde e da Maria. – diz preocupado Pedro.
- Querido, agora não quero falar disso. – diz desviando o olhar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

21º Capítulo - A noite 2ª Parte

Olá queridas leitoras, obrigada pelos comentários e pelas visitas.:) Espero que estejam a gostar da história. ;D
        Vou deixar de postar durante algum tempo, pelo menos enquanto a 1ª fase dos exames nacionais não acabarem. Mas não quero, de forma nenhuma que deixem de ler, pois são vocês que me dão a força necessária para continuar a escrever.
           Beijo enorme ^^
                                                   Ana Rodrigues*
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Outra vez adiado? Que filho da mãe. Oh pah, claro que tenho medo. Bem sabes o que ele me disse quando foi para a cadeia. Vivo com este medo há um ano e não há meio de acabar. – diz Mariana caindo-lhe uma lágrima. – Já estás a vir? Ok, espero aqui por ti amor. Quero-te ao pé de mim. Quero que me contes tudo, sim? Beijinho, até já. – desliga a chamada e cai em lágrimas no chão.
- Mary? Oh, então que se passa? – diz emily enquanto abraça Mariana.
- Este pesadelo nunca mais acaba. Nunca mais.
- Que se passa honey?
- Hoje foi o julgamento do meu ex-namorado.
- E então? O que aconteceu?
- Nada! Ele continua em liberdade condicional.
- Não tenhas medo. Vai tudo correr bem Mary.
- Não vai não. Ele se não for preso, ele é capaz de estragar a vida a muita gente.
- Porque dizes isso?
- Antes de ir preso ele disse-me : “ Eu posso ir ao poço, mas tu virás comigo! Vou-te fazer sentir tão mal, que não terás espaço para respirar!”. Há um mês mandou-me uma carta que dizia simplesmente: “ ODEIO-TE DE TANTO TE AMAR!”
- Isso é obsessão, não é de todo amor.
- Eu sei disso, por isso é que tenho imenso medo que ele me venha a fazer mal.
De repente são interrompidas por Rui.
- Então meninas? Já chegaram mais clientes e preciso muito da vossa ajuda. – Diz Rui quando chega ao escritório do bar, as quando olha para Mariana e pergunta - Então Mariana? Que se passa, por que choras?
De imediato Emily pede com um pequeno gesto a Rui para que não fale mais e não pergunte nada a Mariana.
- Não se passa nada Ruizinho. A Mariana recebeu uma notícia, mas agora já está tudo bem. Não é querida?
- Sim, sim. – Diz Mariana limpando as lágrimas. – Bem vamos ao trabalho? – diz Mariana levantando-se do chão.
Encaminham-se os três até ao balcão e assim se sucederam a chegada de mais clientes e os pedidos não paravam. Naquela noite nenhum dos três descansou. Enquanto isso, os amigos de Mariana divertiam-se desenfreadamente na mesa onde estavam.
Por volta das 23h chega Pedro acompanhado por Manel, Tiago, Miguel e Catarina. Manel vinha com uma mala onde guardava o seu violino, Tiago e Miguel eram dois gémeos altos, muito bem-parecidos, morenos e de olhos azuis, enquanto Catarina era uma rapariga com cabelos loiros e de baixa estatura, irmã mais nova dos gémeos. Encaminharam-se os três em grande alvoroço para o balcão onde se encontrava Mariana a servir as pessoas que ali se encontravam.
- Boa noite querida. – diz Pedro enquanto se aproximava de Mariana e de seguida beija-lhe a face. – está tudo a correr bem? Já tinha saudades tuas.
- Boa noite, meu amor. Sim, está tudo a correr bem. Nem sei como me estou a desenrascar tão bem. Oh, também já tinha muitas saudades tuas.
- Que se passa amor? Estás com uma cara muito esquisita. – Diz Pedro com preocupação.
- Depois falamos. Agora não… - Sussurra Mariana perto do ouvido de Pedro, sendo então interrompidos por Manel.
- Mariana! Minha querida. – diz já bem alegre. – Queria-te apresentar estes meus amigalhaços. Este é o Tiago.
- Olá Tiago, prazer. Mariana. – apresenta-se dando-lhe dois beijos na face.
- Este é o gémeo dele, Miguel. Não são tão parecidos? – diz Manel agarrando nas bochechas dos irmãos e rindo-se feito perdido.
- Olá Miguel, prazer. Mariana. – dando dois beijos na face.
- E esta beldade, é a minha princesa Catarina.
- Olá Catarina, prazer. Mariana. – dando, novamente, dois beijos.
- Não lhe ligues, ele já não está muito bem. – diz Catarina para Mariana com um sorriso encantador esboçado no rosto. – Foi apenas o jantar do Pedro que o pôs neste estado.
- A Emily? Onde está ela Mariana? E o Rui?
- Estamos aqui seu maluco. – diz Emily e abraçam-se com grande intensidade, de seguida abraça Rui.
- Já tinha saudades tuas Emily! – diz dando-lhe um mega abraço e depois cumprimenta Rui. Emy, preciso muito de falar contigo. Tenho aí um projecto que é capaz de te interessar.
- Ui, o que vem aí? Vamos até ao escritório. - Afastam-se e vão até ao escritório falar.
- Bem, não os queres levar até à mesa da minha gente? - Diz Mariana para Pedro.
- Bora lá, aproveitas e apresentas o teu palhacinho aos amigos. – diz Pedro com ironia e riem-se os dois de seguida.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

20º Capítulo - A noite

- Sim querida. Voltarei com muitas saudades Princesa. - Despede-se novamente com um beijo suave e acariciando a face de Mariana. – Até logo meu amor. – parte na sua mota enquanto Mariana entra no bar.
- Olá boa noite! – diz Mariana com um enorme sorriso.
- Ui, olá querida! – diz Matilde – passou-se alguma coisa que deva saber?
- Que estão aqui a fazer? – diz Mariana com espanto ao observar que os seu amigos já se encontravam todos no bar.
- Oh, decidimos fazer-te uma surpresa mas quem foi surpreendido fomos nós! – diz Mariana com um sorriso maroto.
Mariana aproximava-se então das mesas onde se encontravam todos, Matilde, Maria, Joane, Filipa, Beatriz, Afonso, Henrique, Eduardo, Emily e Rui.
- Bem, não nos queres contar nada Mulher? – Dizia Joane. – Por onde andaste?
- Foi muito bom, pelo que vejo espelhado na tua cara. – Sugeria Maria com uma voz malandra.
- Bem, é que se vê mesmo Mariana! Olha para o teu sorriso de parva! – gozava agora Eduardo.
- Eu só a vi a sair com o Pedro. – desvendava Emily.
- Oh, isso diz tudo! – dizem em coro as meninas.
- Bem, bem, bem. Uniram-se todos contra mim, estou a ver. Mas vá, deixem-me falar. Fomos almoçar ao Vasco da Gama e depois fomos até à serra de Sintra, realmente aquilo é lindo.
- Oh, sim sim. E achas que nós queremos saber disso. – diz Matilde entusiasmada. – Vah, conta lá o que nós queremos saber.
- Bem, isto é conversa de meninas. Rapazes, venham ali ao balcão, vamos provar ali umas iguarias. – diz Rui.
- Sim, vamos lá então. – Dizem em coro os rapazes enquanto saiam da mesa.
- Vah, conta! – Diz Maria.
- Olha, lembram-se do rapaz que estava na Andrómeda nos meus anos a tocar violino? Conheci-o hoje, é capaz de vir cá à noite.
- O Manel? Já não o vejo à tanto tempo. – pergunta Emily.
- Sim, ele disse que já tinha saudades tuas Emily.
- Isso é bom. Pode ser que ainda o convença a actuar.
- Faz isso Emily, estou a ver que nos aguarda uma grande noite! – diz Matilde – mas vá Mariana desembucha por amor de deus. Estamos aqui super ansiosas.
- Houve beijinho? Vá conta, conta. – Pergunta Maria com alguma ansiedade.
- A Inês e o João? – interrompe Mariana tentando fugir à conversa.
- Ó Mariana, estás a gozar ou quê? – diz Joane um pouco chateada.
- Eles vêm mais tarde. A Inês foi tratar daquele problema e o João nem disse nada, mas acho que vem. – diz Beatriz com a sua calma característica.
- Daqui a nada ligo-lhes. – diz Mariana. – E sim houve beijo.
- A sério? Conta tudo! – pedem em coro as meninas.
Mariana conta todo o sucedido da tarde às meninas, desde o que se tinha passado no Vasco da Gama com o João, a conversa com o Manel e o que tinha acontecido na Serra de Sintra, enquanto comiam os petiscos que os rapazes fizeram questão de trazer para elas comerem. De repente, clientes começam a aparecer e Emily diz para Mariana:
- Querida, vamos? Vais entrar em acção caloira!
- Vamos lá, estou pronta para tudo. – responde Mariana levantando-se para Mariana fazendo umas brincadeiras que puseram as amigas todas a rirem-se.
- Ok, eu vou atender aquela mesa enquanto que tu fazes as chamadas que tens a fazer Aninha.
- Obrigada Emily, até já.
Logo Mariana tira o telemóvel do bolso e liga logo para a avó que já lhe tinha ligado um montão de vezes naquela tarde.
- Vovó? Olá, desculpa não ter atendido estava a trabalhar e não ouvi o telemóvel. Sim avó, é claro que vou. Quinta vou para cima, ou então Sexta. Ainda quero passar pelo Porto. Não, avó não é preciso nada. Sim, ela já tinha falado comigo. O João nem sei, chateou-se comigo hoje. Oh avó, eu sei que gostas muito dele mas ele tem um feitiozinho! Um beijinho enorme para o meu avozão também. Avô? Oh meu querido, sim sim. Eu paço de caminho e compro um belo de um presente para ela, não te preocupes. Já tenho um em mente. Mas olha, já compraste as alianças? Bem me parecia que a Mimi é que tinha de tratar disso. Ó avôzão, também te adoro! Sim, um beijo enorme para ti meu Homem! Avó? Bem que reboliço que vai para aí. Não avó, não te preocupes. Vou dando notícias. Beijo avó linda. Até amanhã. Adoro-te.
De seguida liga a Inês.
         - Inês? Então, já está cá toda a gente. Como correu o julgamento? A sério? 

domingo, 12 de junho de 2011

19º Capítulo - O passeio 2ª Parte



O desejo mútuo de seus lábios se cruzarem surgiu, primeiramente, num beijo suave, um beijo envergonhado, mas totalmente carregado de sentimento, e a partir daí começou a troca de beijos de uma forma totalmente amável.


Quando pararam, Pedro eleva Mariana do chão e aproxima-a dele, dá-lhe um forte abraço e profere ao seu ouvido:



- Foi isto pelo que esperei desde a primeira vez que te tive nos meus braços. É verdade, desde que abriste os olhos e os vi tão brilhantes e ao mesmo tempo tão assustados, transmitiste-me uma sensação indescritível. Esses olhos de uma cor tão enigmática e esse teu ser que me deste a conhecer. Sim, é verdade que já nos conhecíamos de vista, mas transmitiste-me uma mensagem tão apaziguadora que achei que já te conhecia há imenso tempo. Nunca me senti tão bem e à vontade com alguém. Por isso, és a primeira pessoa por quem verdadeiramente não sei explicar o que sinto, por quem realmente posso dizer que nunca me senti assim.  
- Pedro?
- Não, deixa-me falar Mariana. – disse Pedro enquanto acariciava a face de Mariana e de seguida lhe pegava nas mãos. - É verdade que ambos tivemos relações complicadas no passado, mas podíamos tentar.
- Pedro, eu…
- Eu sei que te marcou muito negativamente a última relação que tiveste, tal como a minha me marcou. Mas tu és diferente e nunca antes me tinha sentido desta maneira com alguém, tornaste-te muito especial para mim Mariana e prometo que nunca te vou magoar. Por isso… - profere Pedro ajoelhando-se.
- Oh Pedro, não não não. Não faças isso. – Diz Mariana enquanto Pedro ficava atrapalhado com o que poderia acontecer, e esta se ia ajoelhando a seu lado. - Deixa-me falar primeiro a mim. – dá-lhe um beijo na testa - Foram poucos os momentos, mas os gestos, as horas, os vivências partilhadas, tudo contribuiu para que a impressão que deixaste da primeira vez fosse crescendo, de modo a dizer que já sinto falta de ti a cada momentinho sem a tua presença. As recordações mais do que memorizadas nos nossos corações, são partilhadas e ficam marcadas nos corações de cada um de nós.  Cada gesto teu, cada brilho do teu olhar, intensifica o que sinto por ti. O teu abraço me acalma e o teu sorriso me faz sorrir. Gestos onde me deixo levar por ti, pelos teus abraços, pelo entrelaçar das mãos. Hoje, digo-te apenas que é bom ter-te comigo, saber que já és parte de mim, parte de um dos bocadinhos perfeitos do meu coração.
Pedro abraça-a e seguidamente dá-lhe um beijo profundamente apaixonado, e diz:
- Eu sei que é ainda demasiado cedo, ainda era tempo de guardar no silêncio dos dias a vontade de te querer do meu lado. Posso estar a adiantar-me, mas quero que me deixes dar o salto para o outro lado, a tua vida.
- Oh Pedro. – Diz Mariana completamente ruborizada e sem saber o que dizer. - Sim, vamos tentar Pedro, eu quero tentar.


Durante aquele pequeno resto de tarde passearam na Serra de Sintra, tendo tempo para longas conversas, trocas de carícias e daquela paixão que agora os unia naquele amor tão belo. 
Mas logo terminou tão rápido aquele pequeno momento, tiveram que regressar num ápice pois, tanto Mariana como Pedro trabalhavam e não podiam chegar atrasados.
Agora chegavam ao bairro e Pedro dirigia-se para o bar de Mariana.

- Entregue princesa. – profere Pedro enquanto Mariana sai da mota e ele tira o capacete.
         - Obrigada querido. – Diz Mariana aproximando-se de Pedro e de seguida lhe dá um pequeno beijinho carinhoso nos lábios. – passa por cá logo que possas, sabes bem que vou ficar com saudades. – profere envergonhada. – por isso volta rapidinho Pedro.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

18º Capítulo - O passeio

- Logo, ora logo… Tenho folga, hoje há noite tenho folga e amanhã também. Tens o meu número Pedro, liga-me. – Diz levantando os pratos da mesa com alguma pressa.
- Aparece no meu bar mais logo, o Bar DaVinci.
- Cool, trabalhas com a Emily? Então passo mesmo por lá, contem comigo. Ora, primeiro visito o Pedro e janto por lá depois vou até ao teu bar curtir o resto da noite. A falar em saída, vou convidar o Tiago e o Miguel para virem, e talvez a Catarina se estiver por cá.
- Ao tempo que não os vejo. Estão cá esses matulões? E a Catarina, não estava em Nova Iorque?
- Pois, os matulões foram visitar a maninha na semana passada e chegaram ontem. Como disseram que traziam uma surpresa, suspeito que seja a Catarina. Desculpem-me, mas tenho mesmo que ir.
- Vai lá, então. Vê lá se te portas bem e apareces por lá mais logo. – diz Mariana cumprimentando Manel com dois beijos na face.
- Mariana, digo desde já que, foi um imenso prazer conhecer uma pessoa tão fantástica como tu.
- Oh, obrigada Manel. O prazer foi todo meu. – diz ruborizada.
- E tu Pedro, vê lá se cuidas bem desta princesa. – Diz Manel cumprimentando Pedro com um abraço. – Olha que ela é uma miúda bem bonita, interessante e, sobretudo, é muito boa pessoa. - Segreda-lhe agora ao ouvido.
- Claro Manel, claro que a vou tratar bem. É tudo que mais quero neste momento. – Diz Pedro, enquanto olha carinhosamente para Mariana.
- Bem, meninos portem-se bem. Até logo e o vosso almoço está pago.
- Manel? Achas? Pega lá o dinheiro. – insiste Pedro.
- Nada disso, logo pagas-me tu! – esclarece Manel
- Pronto então, até logo Manel. É mesmo teimoso este rapaz.
Encaminhavam-se agora para o local de estacionamento da mota do Pedro. E iam conversando.
- Bem, hoje estou por tua conta, como já disse. Quando disseste que tínhamos que fazer, há pouco, deixaste-me curiosa. O que tem em mente, senhor Pedro?
- Então, deixa-me surpreender-te. Não foi o que me pediste? – Admite Pedro com ironia. - Acho que vais gostar, já que és uma apreciadora de natureza.
- Ui, o que vem daí. Não te esqueças que às 19 horas tenho de estar no bar.
- Não tenhas medo. Penso que chegaremos a tempo ao bar. Não chegarás atrasada, prometo.
Por ruas e ruelas, Pedro partiu em viagem em rumo ao desconhecido por parte de Mariana. Mariana apresentava suas mãos agarradas em volta do tronco de Pedro e conjecturava que não o mais queria largar.
Realmente Mariana, achava que Pedro, em todo o seu ser era fantástico e gostava de tudo o que ele era, o que fazia e, sobretudo como a fazia sentir quando estava junto dele. Com tudo o que já tinham partilhado até ali, parecia que se conheciam há diversos anos. Agora, já não tinha qualquer medo em começar, o que quer que fosse com Pedro. Sentia, que realmente, aquilo era muito mais que uma amizade super colorida, era algo mais sério, era um sentimento mútuo e de recompensa recíproca. Era amor que se via a brotar de seus corações quando estavam próximos, era visível a cumplicidade construída em tão pouco tempo, compreendiam-se igualmente, pois as suas histórias de vida, em muito parecidas, os aproximavam, capazes de serem um só, com uma força incompreensível quando juntos.
Já haviam chegado ao sítio que Pedro queria dar a conhecer a Mariana. Era a maravilhosa Serra de Sintra. Pedro estacionou a sua mota, tirou o capacete e perguntou a Mariana:
- Já alguma vez tinhas vindo aqui?
- Não, mas realmente isto é magnífico. Todo este ar puro, esta tranquilidade... – responde Mariana enquanto se retirava da mota, mas de repente tropeça e só escapa de um grande tralho no chão, pois Pedro agarrou-a antes de ela sequer chegar tocar no chão.

Agora, as suas bocas ficaram a centímetros de se cruzarem pela primeira vez num beijo. Ali seria a concretização de tudo o que se tinha gerado até ali, do amor que realmente se sentia por parte de ambos. Realmente, era estranha o que se tinha criado entre aqueles dois seres, era incógnito como duas almas seriam tão merecedoras de estarem perto um do outro, de ficarem juntos, ao terem histórias tão parecidas se iriam aproximar daquela maneira e se encantassem desde do princípio.
Os lábios aproximavam-se progressivamente, enquanto seus olhos trocavam a intensidade daquela bela paixão...até que 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

17º Capítulo - O almoço 2ª Parte

- Mariana? Que estás aqui…a fazer?- diz João hesitando no seu discurso e de seguida tornando-se um pouco agressivo na fala. Quem é este?
- Calma João. Este é o Pedro, um amigo meu.
- Prazer João. – Diz Pedro, levantando-se da cadeira e esticando a mão para um aperto de mão. Mas João em nada lhe liga, ignora o aperto de mão e diz:
- Podemos falar Mariana? A sós!
- Sim João. Eu já volto Pedro. Com licença.
Mariana e João afastam-se da esplanada e começam a falar.
- Escusavas de ser tão desagradável João!
- Porque vieste até aqui e nem sequer me disseste nada Mariana?
- Calminha João! Se não te disse nada foi por isto mesmo. Já viste o circo que estás a armar?
- Circo nada! Quer dizer, convido-te e tu apareces aqui com este palhaço?
- João? Estás-te a passar ou quê?
- Queres que te diga, sinceramente? Já não és a mesma Mariana que eu conhecia! Agora já nem passas tempo comigo, já não me ligas puto e passas a vida a ignorar-me!
- Ouve bem o que me estás a dizer João, depois pensa bem no que estás para aí dizer! Achas que estás a ser correcto comigo? Por isso, vai-te embora. É melhor para ti e para mim. Reflecte no que me disseste durante o resto do dia e logo aparece no bar, que lá falamos melhor. – Mariana profere estas palavras e vira costas a João e põe-se a caminho da esplanada.
- Mariana, não me vires as costas! Mariana? Estou a falar contigo!
- João, é melhor falarmos depois. Não quero falar contigo, agora!
- Ok, vai lá ter com o teu palhacinho!
Mariana já nem ligava ao que João dizia, sabia que grande parte daquilo era falta de atenção e ciúmes por Pedro estar ali com Mariana e ele nem saber de nada. “É sempre tão desagradável quando está chateado. Fogo! Será que mudei assim tanto? Poças, posso já não estar tanto por casa, mas ele sabe bem os motivos. Tenho de trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Ele tem de compreender a minha situação.
- Finalmente chegaste Mariana! – Disse Pedro, com entusiasmo enquanto Mariana se sentava com uma cara tristinha.
- E já estão aqui as lasanhas. – Apresenta-se Manel.
- Que se passa Mariana? Que carinha é essa?
- Nada Pedro. Depois falamos, só te quero pedir desculpa pela atitude do João.
- Ok Mariana. Não peças desculpa, não vale a pena. Mas quem era ele afinal? Não me digas que era o teu ex. – Diz com uma voz assustada. – Era? Ele fez-te alguma coisa? Aconteceu alguma coisa? Eu bem sabia que deveria ter ido lá. – Dizia lamentando a sua atitude.
- Calma, calma Pedro. – Pede Mariana enquanto acaricia a face a Pedro. – Era o João, um amigo de infância, garanto que não aconteceu nada. Tem calma que depois conto-te tudo.
- Ok Mariana. Eu compreendo. – Diz olhando para Manel que se aproximava agora da sua mesa com um terceiro prato.
- Peço desculpa pessoal, dão-me licença?
- Claro Manel. Até porque não acabamos a conversa de há pouco. – diz Mariana com alguma ironia na sua voz.
- Pois não, é verdade. Bem, com que então já me viste a actuar.
- Sim, eu e as minhas amigas. Adoramos, posso-te garantir.
O almoço desenrolava-se por entre conversas e petiscos deliciosos que Manel fazia questão em trazer para a mesa, já que já não havia mais clientes naquela hora. Contavam-se, então, histórias de infância, de adolescência e a vida do dia-a-dia.
- Meu Deus, todas as nossas histórias tem algo em comum. Todos nós, nunca tivemos contacto com um dos nossos pais, como é o teu caso Pedro, ou com os dois, como é o teu caso e o meu, Mariana. – Concluía Manel no final da conversa.
- É bem verdade. Não fazia ideia que tinhas passado por tantos problemas Manel. – dizia Mariana emocionada. – És sem dúvida um caso que qualquer pessoa, na tua situação, devia seguir. Eu ainda tive quem cuidasse de mim quando os meus pais morreram. Mas tu foste para um orfanato, quando os teus pais te abandonaram, e nem um ano de vida tinhas. Um orfanato onde te tratavam e te sentias mal. Realmente, os teus pais adoptivos devem ser fantásticos. Principalmente, porque tiveram aquela atitude tão nobre de lutar pela tua guarda, mesmo sabendo os problemas que tinhas, quando eras criança.
- São a minha sorte, o meu porto de abrigo. – diz emocionado Manel.
- A senhora Teresa e o senhor Paulo são excelentes pessoas. Lembro-me de tentarem pôr ordem na minha cabeça quando me meti em sarilhos. Infelizmente não lhes liguei nenhuma e foi no que deu. Quem gosta imenso deles é a minha irmã mais velha, a Claúdia.
- Eish, Faz tempo que não a vejo. Ainda no outro dia, quando fui ao Norte a casa dos meus pais, falamos em vocês, mas nenhum de nós sabia onde anda ela. Porque agora os meus pais estão a viver em Braga.
- Um dia vou contigo lá visitá-los. A Cláudia foi trabalhar para Inglaterra com o namorado, há cerca de um ano. Lá ganha-se muito bem, como deves saber. Com a ajuda da Emily e da mãe dela, felizmente, conseguiram arranjar bons empregos, em Londres. E a Teresa, a minha maninha mais nova, vive comigo e vai agora para o 12º ano.
- A Emily… Faz tempo que não vejo essa princesa. – profere com alguma saudade na sua voz. - Temos vários amigos que foram trabalhar para fora. Os resistentes da nossa altura, que ficaram por cá, fomos nós e Cátia.
- Pois, a Cátia. – Exprime Pedro com cara de desagrado.
- O quê, ainda continua com aquela panca que tinha por ti? – Ri-se à descarada.
- Pelos vistos sim. – Interrompe Mariana com alguma raiva aparente na sua voz. – Mas bem, com esta conversa tão agradável, já são 16 horas!
- Ui! A sério Mariana? Fogo, ainda tenho de tratar de uns assuntos muito importantes.
- E nós também. – Afirma Pedro.
- Ai sim? Está bem então. – diz com surpresa Mariana. - E logo que fazes Manel?- questiona.