2º Capítulo - O reencontro

Quero antes de mais agradecer a todas as pessoas que comentaram e que visitaram o blog, só fizeram com que ficasse com boas perspectivas. Espero que tenham gostado do início desta história e que continuem a ler, prometo muitas surpresas. :)
Beijinho 
Ana Rodrigues *
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Semanas passaram desde o sucedido e Mariana não era capaz de deixar de pensar no "palhacinho" que a encantara, não conseguia parar de pensar no sorriso dele, na sua cara, no seu corpo, no seu jeito...

-LOUCA! Já viste o que estás a fazer? Desiste disso! É uma perda de tempo! Não sabes nada dele, nem sequer sabes o nome dele! – Resmungava afogueadamente Matilde com Mariana.

- Eu sei que isto é uma loucura, mas primeiro vou tentar e depois logo vejo. Vou tentar encontrar o rapaz que estava com ele na festa e pergunto-lhe onde o posso encontrar.

Mariana sabia que o amigo que o acompanhava naquela noite era bombeiro voluntário, então dirigiu-se aos bombeiros mas ele não se encontrava lá. Então, nessa mesma tarde, Mariana não parou de o tentar encontrar, percorreu todos os cantinhos daquela cidade, Lisboa. Mas nem uma réstia daquele sorriso que a tinha enfeitiçado nos dias anteriores. Percorreu todas as ruas e ruelas, mas nada.

Depois de tanto andar e de já estar tão cansada, decidiu parar num café ali perto. Entrou, sentou-se numa mesa bem perto do vidro que tinha uma vista para o rio Tejo e pediu uma água bem gelada. Naquele momento parou e pensou : “ Que estou eu a fazer? À procura de alguém que nem conheço, alguém a quem não lhe digo nada! Mariana, tu és tão burra, uma autêntica sonhadora que ainda acredita em contos de fadas. Desiste miúda!”. Naquele momento o seu pensamento foi interrompido por uma voz masculina.

- Aqui está a sua água bem gelada. – proferiu o empregado de mesa.

Mariana quando olhou para trás, não queria acreditar no que estava a ver, era ele, o rapaz quem procurava. Por momentos ficou apática, deixou de respirar, sentiu tonturas, e acabou por desmaiar.

- A menina está bem? Tragam a garrafa de água dela, por favor! – Pedia o dono do café enquanto Mariana recuperava. – Pedro, põe açúcar na água.

Mariana ia abrindo os olhos aos poucos, quando se apercebeu do que se tinha sucedido, sucumbiu de vergonha.

- Segura nela, Pedro! Eu já volto. – Proferiu o dono do café.

            - Estás bem? Que susto me pregas-te miúda! – Dizia isto com o maior sorriso, e também o mais encantador, do mundo.

- Sim, eu estou bem! Ajudas-me a levantar, por favor? – pronunciou bem baixinho Mariana, ainda meia abalada com o desmaio. Pedro ajudou-a a levantar, pegando nela muito levemente e lentamente, com a sua cara bem perto da dele. Mariana olhou pela primeira vez nos seus olhos, por breves momentos cruzaram os seus olhares. Mariana reparava agora bem de perto na imagem tão formosa, daquele rapaz. Pensava agora no que estava a acontecer, ele ali, mesmo à sua frente, como tanto desejava. Tinha uns olhos de um castanho bem gracioso, reparava então no pequeno sinal que Pedro tinha por debaixo de um deles, os seus lábios eram apetecíveis, com um desenho invulgar, que acompanhavam um sorriso magnífico. O seu cabelo era um castanho-escuro, com uma pequena franja, que descaía ao longo da sua testa. Apresentava-se vestido a avental daquele café.

            - Já chamei a Cátia! – Suspende a outra empregada do café.

            Eles continuavam a olhar-se e sorrir mutuamente.

- Acho que já não é necessário. – Responde Pedro à empregada.