Afastaram-se da mesa onde Mariana estava sentada e falaram durante algum tempo.
Mariana permaneceu sentada numa mesa ao fundo do café. Enquanto eles falavam ela reparava na decoração do café, reparava agora pela primeira vez no nome, “ happy time- a felicidade começa aqui!”, riu-se baixinho. De repente, foi interpolada por uma voz feminina.
- Já estás melhor? – Perguntou a empregada do café.
- Sim, obrigada! – Respondeu Mariana, com um sorriso na cara.
- Ainda bem! Eu sou a Tânia, trabalho neste café. Fui eu que chamei a Cátia. Pregaste-nos cá um susto! – Afirmou a empregada. -Aqueles dois são como o cão e o gato. – Comentou.
- Eu chamo-me Mariana. Já reparei que sim. Eles namoram? – Interrogou Mariana.
- Não. Quer dizer, já namoraram quando eram bem pequenos, mas ele, para ela é o amor da sua vida. Sempre gostou dele, mas mesmo sabendo que ele não gosta dela, ela continua atrás dele! – Informou Tânia.
- E ele tem namorada? – Questionou Mariana.
- Não. Acabou uma relação há pouco tempo, de onde saiu muito magoado. – Contou a empregada.
A conversa acabou por momentos. Acabava de entrar Pedro e Cátia a discutirem.
- Cátia, deixa-me em paz! Já te disse milhões de vezes que não quero nada contigo! Estúpido sou eu, que ainda te continuo a dar ouvidos! – Rabujava Pedro, enquanto entrava nas arrumações do café.
-Pedro, espera! – Proferia Cátia, enquanto entrava no café a lacrimejar. – Eu ainda não acabei. - Como viu que ele não voltava, voltou costas e saiu do café.
- Bem Mariana, eu já volto. Vou ter com a Cátia. - Proferiu Tânia. Ficas bem? – Proclamou enquanto saía correndo do café.
- Sim fico Tânia, obrigada! Não te preocupes, eu já estou bem! – Compreendeu Mariana.
Por ocasião ficava ali a olhar pelo vidro a paisagem, à espera, se Pedro ainda viesse. Esperou um moderado de tempo, como sentiu que já não estava a fazer nada ali e que aquilo tinha sido uma perda de tempo, pagou a água, levantou-se da cadeira, e dirigiu-se para a saída.
- Onde vais? Espera um pouco. – Disse Pedro enquanto saía das arrumações.
- Vou-me embora. – Disse Mariana já perto da porta.
- Espera! – Pediu Pedro.
Mariana continuou, mas foi agarrada subitamente pelo braço esquerdo.
-Eu pedi-te para esperares. – Continuou Pedro. – Tu ainda não estás bem, fica aqui comigo.
- Eu já estou bem, e tenho que me ir embora. – Proferiu Mariana, enquanto se descartava do agarrar do seu braço por parte de Pedro.
- Mas…espera! – Pediu novamente Pedro. – Ainda nem sei o teu nome, como te chamas?
Ao olhar para Pedro, Mariana reparou novamente que ele tinha um sorriso lindíssimo.
- Eu conheço-te, vi-te no outro dia na festa! – Revelou o empregado.
- Eu chamo-me Mariana. Sim, eu também já te vi. – Divulgou Mariana ao empregado.
- Tu andavas no…
Foram interrompidos pelo tocar do telefone.
-Espera, eu já volto. Não te vás embora! – Pediu Pedro a Mariana. -Estou sim? Sim, senhor Filipe. Está bem! Eu compreendo, não se preocupe. Sim, sim. Eu fecho o café. Abraço, até amanhã. – Falava com o seu patrão ao telefone. – Desculpa, era o senhor Filipe. Já não volta ao café e a Tânia também não. Vou ter que fechar o café, e arrumá-lo também. Mas fica comigo, por favor. Eu tenho medo! – Proferiu num tom jocoso.
- Se calhar é melhor ir embora, não quero atrapalhar. – Disse Mariana.
- Não atrapalhas nada! – Exprimiu Pedro aproximando-se da porta. – Vou fechar isto, hoje o dia foi longo.
- Queres ajuda nalguma coisa? – Perguntou Mariana.
- Não, não é necessário. – Expressou Pedro aproximando-se da mesa onde Mariana se tinha sentado novamente. Sentou-se ao lado dela e fixou o seu olhar no dela. – Finalmente, sós. Onde tínhamos ficado há bocado?
- Não me lembro. – Disse Mariana rindo-se.
-Ahm, já me lembro. Tu jogas badmington? – Questionou.
-Sim, eu conheço-te de lá, do torneio de Sintra. Tu tens uma força incrível e jogas muito bem. – Retribuiu Mariana.
adorei...
ResponderEliminarquero mais...
continua...