terça-feira, 2 de agosto de 2011

33º Capítulo - A despedida

Já se encontravam na praia. Os amigos já acenavam do local onde se estavam.
- Maaaaaaaaaaaaaaaaaaryyyyyyyyyyy! – gritava desafogadamente Maria. – Ó Maaaaaaaaaaaaaaaaaaryyyyyyyyyyyyyyyyy!!
- Meu amô, tô chegando! – gritava também Mariana deslocando-se lentamente na areia e de mão dada com Pedro. - Cadê o resto da galera? – dizia brincando e atirando-se para cima de Maria.

- Ai, miúda! Oh foram comprar gelados e o meu lá em casa a estragar-se. – dizia com cara triste.
- Ei não fiques com essa carinha Maria. Eu e o Pedro já lhe tratamos da saúde! – diz Mariana soltando uma gargalhada. – Estava óptimo, não estava Pedrinho? – diz dando um beijinho na testa de Pedro que já tinha estendido as toalhas e tirando a t-shirt. – Muito bem querido, gosto, gosto muiiiiito. – diz Mariana ao ouvido de Pedro quando lhe olha para os seus magníficos abdominais, lhe dá uma trinca no pescoço e depressa se apronta a tirar os seus calções e a sua t-shirt.
- Huuuum, já vi que sim. – depressa Pedro mira Mariana de alto a baixo como forma de deslumbramento. – Uau, que corpo princesa. – diz Pedro ao ouvido de Mariana.
- Halô, halô minha gente. – diz Matilde quando chegava perto dos seus amigos.
- Oi, oi minha  gata. – diz Mariana enquanto se levantava da toalha e dava um abraço a Matilde. – Já tinha saudades tuas.
- Estivemos à uma hora juntas parola.
- Oh, não impede que não tenha saudades.
- Mary, Mary, vejo que trouxeste a guitarra. – Diz Henrique quando a vê e deliciando-se com o seu gelado de caramelo.
- Sabes como é Henrique, vocês gostam eu trouxe. Arranjem uma música e eu toco já.
- Huuuum, ora deixa ver. Uma divertida.
- Vá, uma clássica. – dizia Mariana iniciando os acordes na guitarra.
Dunas, são como divãs,
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por cactos e hortelãs,
Deitados nas Dunas, alheios a tudo,
Olhos penetrantes,
Pensamentos lavados.

Bebemos dos lábios, refrescos gelados
Selamos segredos,
Saltamos rochedos,
Em camara lenta como na TV,
Palavras a mais na idade dos "PORQUÊ"

Cantavam e riam todos os amigos, celebravam aquela amizade que já vinha de há muito tempo.

- Mary, Mary. Já há muito tempo que não ouvíamos essa tua voz. – Revelava Eduardo. – já tínhamos saudades minha querida. – diz dando-lhe um abraço é quando este pisca o olho aos restantes amigos. – MOCHE à Mariana! – saltavam todos os amigos, incluindo Pedro, para cima um dos outros e Mariana encontrava-se no fundo daquela confusão gritando de dor por todo o peso que os amigos faziam em cima dela.
- Aiiiiiiiiiiii, aiiiiiiiiiiiiiiiii. – queixava-se Mariana enquanto os amigos se iam desmobilizando. – Vocês querem-me matar? – e dá uma pequena gargalhada. – Que doidos pá! - ria Mariana enquanto o resto do pessoal ia desmobilizando-se.
Durante o resto da tarde foram diversas as conversas, as gargalhadas, as brincadeiras, as músicas e as fotografias. A paixão de Pedro e Mariana era evidente.
- Mariana? Princesa? – Dizia Pedro enquanto acariciava a sua face. – Vamos dar um passeio pela praia? – Mariana acena com a cabeça dizendo que sim.

- Meus amores, vou dar uma voltinha com o Pedro. Já volto. – diz Mariana levantando-se da toalha.

Eram 18:30 horas, o sol começava a pôr-se e o vento já causava pequenos arrepios nos corpos destapados que ainda requeriam o sol de Verão, as tardes quentes. Mariana, com frio, agarra-se ao tronco de Pedro e dá-lhe pequenos beijos no pescoço e Pedro correspondia.


- Olha princesa, o sol já se está a pôr. Senta-te aqui do meu lado. – diz sentando-se na areia.
- Palhacinho do meu coração… - dá-lhe um beijo na boca e senta-se ao lado de Pedro e abraça-o. – Quero-te para sempre sim? – diz olhando-o nos olhos.
- Sim minha princesa. – abraça-a fortemente. E ali ficaram a contemplar o pôr-do-sol até perto das 19 horas.

Encaminhavam-se agora para perto dos amigos de Mariana, eles já estavam a arrumar as coisas.

- Já te íamos procurar. – dizia Matilde. – Vamos ali ao bar comer umas sandes e voltamos para casa para tomar banho e depois passamos pelo teu bar Mary.
- Ok ok meus queridos.
Assim o fizeram, a noite foi agradável e desta vez não ocorreram incidentes.
O resto da semana decorreu normalmente, Mariana aproveitava todos os segundos para estar com os amigos, afinal eram as últimas semanas de férias. Cheia de diversão com todos eles, durante a manhã trabalhava ia almoçar com o Pedro a casa dele e namoravam, a irmã mais nova já tinha chegado de férias de Inglaterra e adorou conhecer Mariana. À tarde acabavam por ir para a praia com os amigos de Mariana e as jantaradas com os amigos de Pedro não faltaram. À noite trabalhavam ambos até tarde e quando acabavam logo se aprontavam a estar um com o outro. A cada dia iam descobrindo cada vez mais um sobre o outro. Até que chegou Quarta-feira, Mariana fazia a mala com algumas roupas para levar para o Norte, Pedro observava-a sentado na cama dela com um olhar carinhoso, Mariana envergonhada aproxima-se dele e pergunta-lhe:
- Que se passa amor? – dá-lhe um pequeno beijo e senta-se no seu colo – Não olhes assim para mim que eu fico envergonhada.
- Sabes princesa? És linda! – acaricia a face de Mariana e dá-lhe outro pequeno beijo nos lábios. – E sabes que mais? Amo-te donzela!
- Oh – ruborizou - E eu também te amo ó palhacinho. – retribui o beijo e faz-lhe uma pequena carícia na face.

Mariana acabara a mala, já eram 18h, as malas de João também já estavam prontas. Os três direccionaram-se para o carro de João, pousaram as malas na bagagem e seguiram viagem até ao Bar DaVinci. Os outros amigos de Mariana ainda estavam na praia, iam jantar por lá e depois apareceriam mais tarde no bar para se despedirem dela. Mariana, Pedro e João acabaram por comer uma refeição leve no Bar onde ela trabalhava, eram 21h horas quando os seus amigos chegaram ao Bar e, como todas as noites anteriores, foi noite de muita alegria e de boa disposição. Estava na hora de partirem, eram 23h Mariana e João despediam-se de todos os seus amigos, os avisos de sempre, “Vão com cuidado, liguem quando chegarem…”, os avisos habituais de amigos “galinha”. João já tinha entrado no carro e Mariana estava agora à porta do bar abraçada a Pedro. Começava a sentir a distância que os ia separar durante aqueles dias. Pedro estava triste por Mariana se ir embora, ela abraçava-o com toda a força do mundo, tinha medo de o perder, até parecia que estava a adivinhar que ia acontecer alguma coisa.
- Não te esqueças de mim princesa. – pedia dando-lhe um abraço forte.
- Claro que não amor. – retribui o abraço – Amo-te! – dá-lhe um beijo forte e caloroso e dá-lhe a mão e ele acompanha-a até ao carro de João. Dão mais um abraço forte e beijam-se.

- Liga-me quando chegares. Vai mandando mensagens, não me deixes sem notícias tuas está bem? – pedia Pedro com saudade e alguma mágoa.
- Adeus meu amor. – entra no carro.
- Adeus princesa…
Mariana acena a Pedro e despede-se mandando-lhe um beijinho. 

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