Queridas leitoras peço imensa desculpa por não ter postado com mais regularidade. A inspiração e o tempo têm sido raros.Continuem a visitar e por favor comentem.
Beijos enooooormes para todas.
Ana Rodrigues*
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João passou os dedos seu dedo indicador pelos lábios de Mariana e cada vez mais se ia aproximando da boca dela, e por fim beijou-a. Por momentos, ficaram a trocar aquele beijo roubado por João, Mariana encontrava-se com as suas mãos encostadas no peito de João, conseguia sentir a batida forte do seu coração, e este tinha os seus braços a rodearem a cintura de Mariana. Por breves segundos, o coração de Mariana disparou, mas depressa empurrou João e deu-lhe um estalo.
- Que pensas que estás a fazer João? Oh pá, já te disse tudo o que tinha a dizer, não quero nada contigo. Estou tão bem com o Pedro e tu não podes estragar isso, João tu és o meu melhor amigo e também não quero perder tudo o que construímos até agora! – enquanto ela dizia isto João voltava a aproximar-se dos lábios de Mariana. – Não! Não João, não sejas ridículo! Larga-me! – Mariana pega na toalha enrola-se nela e põe-se a caminho da festa onde tinha ficado Inês e Guilherme.
- Mariana, Mariana não vás embora! Espera! – pedia João.
- Não João, nem te atrevas a vir atrás de mim! – Mariana continuou o seu caminho e João caiu na areia a chorar. – atreves-te a levar outro estalo e a ficar sem a minha amizade. Escolhe!
Agora Mariana falava para si própria, estava indignada com tudo o que tinha acontecido.
- Ele não podia ter feito isto, não podia de todo! – de tão depressa andar já se encontrava perto da praia onde tinham ficado Inês e Guilherme.
- Mariana? Mariana? Estou aqui amor! – dizia Inês chamando a atenção de Mariana.
- Inês! – diz Mariana aproximando-se dela. – Ainda bem que estás aqui! – diz abraçando-a com força começando logo de seguida a chorar.
- Amor? O que se passou? Porque estás a chorar? – diz retribuindo o abraço e fazendo-lhe pequenas carícias nos cabelos. – Bem, é melhor ir dar uma voltinha contigo. Tu não estás bem. Guilherme, nós já voltamos amor. – diz Inês despedindo-se de Guilherme com um pequeno beijo na boca. Depressa Inês tirou Mariana daquele lugar e foram dar uma volta pelas ruas à beira-mar e Mariana parava agora de chorar. – Bem, o que se passou querida? Foi o João, não foi?
- Foi Inês. O João veio outra vez com a conversa de sempre e atreveu-se a beijar-me.
- A sério? Bem, desta vez foi longe de mais. E tu que fizeste?
- Eu? Eu dei-lhe um estalo. Estou tão bem com o Pedro…Primeiro, depois da toda a conversa dele, não consegui resistir e acabei por corresponder ao beijo. Sim eu errei, amo o Pedro e não quero perder o que tenho construído com ele. Ele foi tudo de bom que me aconteceu neste ano.
- Acredito que sim amor. Mas olha, esquece lá isso. Amanhã, como sempre, o João vem pedir-te desculpas por tudo o que te disse.
- Sim eu sei, mas já estou farta destas coisas e ele vai ter de parar. Eu percebo o que ele sente mas ele também vai ter de entender que não vai dar. Ele é o meu melhor amigo e nunca o vou ver doutra forma.
- Eu percebo-te maninha! Ele hoje abusou da sorte, mas vais ver que tudo passa. Agora esquece isso.
- Pois, tem de ser. Olha amor, queres-me falar do julgamento?
- Não vais ficar triste pois não?
- Juro que não. Mas estou ansiosa, conta-me por favor.
- Bem mana, ele mais uma vez conseguiu adiantar, mais uma vez, o julgamento. Tem boas cunhas sabes bem e saiu em liberdade condicional mais uma vez.
- E então? Mas para quando a próxima sessão?
- Nem vais acreditar, para 5 de Março!
- Estás a gozar?
- Achas que ia brincar com uma coisa tão séria? A minha madrinha só chora, falei com ela por telemóvel. Estava destroçada, só quer que isto acabe, ele é, sem dúvida uma desilusão para ela. Tem imensa pena por tudo o que ele te fez sofrer e gostaria que quando fosses ao norte passasses lá por casa.
- Ainda não me sinto preparada para tal. De certeza que ao entrar naquela casa me vai trazer as melhores recordações com ele e isso eu não quero. Sabes que sempre gostei muito da senhora Fátima e sei que ela sempre gostou de mim, mas sei que não vou conseguir entrar naquela casa.
- E que tal tentares? Eu vou contigo, sabes que um dos passos para esquecer o passado é reconciliares-te com parte dele.
- Eu bem sei disso, mas ainda é complicado para mim.
- Pensa nisso Mary. Bem já são 7 horas da manhã, vamos ter com o Guilherme e vamos para casa.
- Sim, vamos lá.